O SESI Itapetininga promove
O SESI Itapetininga promove a exposição “Terra Terreno Território” da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini l. A artista utiliza duas técnicas de impressão fotográfica do século XIX para propor uma reflexão sobre como é ser indígena no século XXI nas grandes cidades. As obras ficarão expostas na unidade até o dia 30 de julho, de terça a sábado, das 9h às 20h, exceto feriados. A visitação é gratuita e conta com acessibilidade, contendo obras com audiodescrição e peças táteis.
“Terra Terreno Território” é composta por dois agrupamentos fotográficos, nos quais a impressão é feita artesanalmente em papéis sensibilizados com o pigmento extraído do fruto jenipapo (o mesmo que indígenas usam nas pinturas corporais) e diretamente em folhas de plantas (taioba, singônio, malvavisco, amora e batata doce). Ambos processos – chamados de antotipia e fitotipia, respectivamente – se dão artesanalmente, através da ação da luz solar, em tempos que variam de três dias a cinco semanas de exposição. As imagens fotográficas trazem uma temporalidade inversa à prática fotográfica vigente, da rapidez do click e da imagem virtual.
A exposição nasceu em 2018 e traz a delicadeza do processo orgânico como também uma consequente fragilidade para as fotografias com a passagem do tempo. A artista explica que “dependendo da incidência de luz natural diretamente na imagem, por exemplo, pode levá-la ao apagamento”. A artista considera esta possibilidade como um paralelo ao apagamento histórico que a cultura indígena vem sofrendo em nosso país. Com “Terra Terreno Território” a fotógrafa alerta para a necessidade de compreender a cultura indígena para além dos clichês que achatam a diversidade do termo.
Sobre a artista – A fotógrafa e artista visual Dani Sandrini desenvolve projetos documentais e artísticos, desde 2014. Dependendo do projeto e suas singularidades, sua fotografia é colocada nas telas ou papéis, mas também pode conter outros elementos que adicionam significados à imagem final, bem como camadas extras de subjetividade. A artista tem experiência em processos fotográficos alternativos e desenvolve projetos utilizando impressão por transferência, fotografia estenopeica, cianotipia, antotipia e fitotipia.