Localizado na atual Vila Rio Branco, o único cemitério público da zona urbana de Itapetininga teve seus primeiros registros de sepultamentos ao final do século XIX, quando aquela região era conhecida simplesmente como Paquetá. Com o passar de pouco mais de um século e o desenvolvimento da cidade, o São João Batista também fora ampliado e atualmente possui aproximadamente três alqueires de extensão territorial.
Apesar de estar na mesma área, o cemitério do Santíssimo Sacramento pode ser considerado particular, uma vez que o mesmo é de responsabilidade da Catedral Nossa Senhora dos Prazeres e o setor administrativo do São João Batista apenas registra em seus livros os sepultamentos. Segundo informações da Prefeitura de Itapetininga, juntos, os dois cemitérios contabilizam cerca de 120 mil sepultamentos e 12 mil túmulos de caráter perpétuo familiar.
Superlotação e alternativa
O surgimento de casas por todos os lados na região do campo santo fez com que não fosse mais possível qualquer ampliação e, consequentemente, não existem mais terrenos para a construção de novas sepulturas. Sobre este assunto, a Prefeitura argumentou ter alternativas e que “neste caso, se a pessoa não tiver um jazigo familiar ou não tenha condições para comprar um túmulo em cemitério particular, a família deve procurar o escritório da administração do cemitério, localizado na entrada São João Batista, onde há a possibilidade de usufruir de um túmulo social”.
Conforme a Prefeitura, “a família será orientada pelos funcionários sobre os documentos necessários e assinará um termo de responsabilidade”, acrescentando que. “o túmulo social é cedido por um período de três anos e que após, “é feita a remoção para o ossário municipal”.
Ainda de acordo com a mesma, atualmente são 362 vagas sociais e outras 36 estão em construção.
“Ao todo, há disponíveis nos cemitérios da área rural do município aproximadamente 800 novos espaços para sepultamentos, além de áreas passíveis de ampliação na área rural”, completou a Prefeitura de Itapetininga.
Além disso, a cidade conta com um cemitério particular.
Vultos históricos
Entre tantos sepultamentos nos cemitérios São João Batista e Santíssimo Sacramento, muitos ganharam destaque, seja na política, música, poesia ou mesmo por supostos milagres.
Assim, durante o ano todo e principalmente no Dia de Finados, tais túmulos acabam se tornando atração para moradores da cidade e visitantes de outras também, com destaque para nomes como Cel. Fernando Prestes de Albuquerque (deputado estadual e federal, senador e governador do Estado por duas vezes), seu filho Júlio Prestes de Albuquerque (o último paulista a ser eleito presidente do Brasil), Teddy Vieira (compositor de sucessos como O Menino da Porteira, Couro de Boi, Berradeiro Errante, entre outros), Édison de Abreu Souza (o Poeta do Monte Santo), o cantor Mário Lima e Maria Helena Dias, sendo o túmulo desta última o mais visitado.
Conta a História que ela tinha apenas sete anos quando morrera, em 1963, devido a um acidente e que após seu sepultamento, alguém teria a intenção de violentar seu corpo, mas que a chegada de cães teria afugentado a pessoa e que desde então são deixados presentes em sua sepultura, incluindo cadernos escolares, brinquedos e bilhetes, por supostas graças alcançadas por intenção da menina, cuja pureza seria o maior motivo de tais milagres.
Jazigos com QR Code
Sobre jazigos com QR Code, o departamento de Comunicação da Prefeitura informou ter sido “iniciativa da Fatec, através do professor Jeferson Biajone, orientador de trabalhos que criaram o cadastro”.
Já é possível conhecer a História de nomes ilustres, como os de Fernando e Júlio Prestes, bem como dos ex-combatentes e suas participações na Segunda Guerra Mundial e nas revoluções de 1924, 1930 e 1932, bastando direcionar o celular para tais jazigos.
Outros cemitérios de Itapetininga
Além dos cemitérios São João Batista e Santíssimo, a Prefeitura informou que a cidade conta com outros sete, localizados nos distritos do Gramadinho, Morro do Alto, Rechã, bairros São Roque, Areião, Rio Acima e Retiro (área rural).
Colaborador: Rogério Sardela.
