O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou na tarde desta terça-feira (5/3) do anúncio de investimentos de R$ 11 bilhões da Toyota no Brasil até 2030, o maior da história da empresa em solo brasileiro. A oficialização ocorreu em Sorocaba (SP), cidade paulista onde a empresa japonesa tem uma fábrica. “O anúncio é uma demonstração clara da confiança em nossa economia”, disse Alckmin. Segundo informações da empresa, dos R$ 11 bilhões, R$ 5 bilhões serão investidos até o fim de 2026. “É mais um passo importante na economia brasileira. As empresas privadas voltaram a investir no futuro do Brasil”, diz Alckmin.
Por meio de seu perfil nos canais digitais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conectou o anúncio à credibilidade econômica retomada pelo país. “É mais um passo importante na economia brasileira. As empresas privadas voltaram a investir no futuro do Brasil”, postou o presidente em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
Os investimentos da empresa japonesa envolvem a promoção da descarbonização e novas tecnologias de eletrificação, com expansão da capacidade produtiva, novos veículos com tecnologia Híbrida Flex e um novo compacto produzido no Brasil. A estimativa da empresa é de geração de mais de 2 mil empregos diretos até 2030, 500 deles até 2026, e de mais de 10 mil empregos levando em conta os indiretos.
Alckmin ressaltou o bom momento econômico do país como atrativo a mais para empresas privadas. “Terminamos 2023 com a inflação menor. Caiu a inflação de 5,6% para 4,6%. Caíram os juros e continuam caindo. O Risco Brasil caiu de 254 para 127. O dólar caiu de R$ 5,40 para R$ 4,90. O desemprego caiu. Cresceu o PIB. Cresceram os empregos. Tivemos recorde na balança comercial, com quase 100 bilhões de dólares de superávit comercial”, listou o vice-presidente.
Alckmin enfatizou algumas das diretrizes dos programas de reindustrialização do Brasil, pautados em inovação, descarbonização, exportação e competitividade e produtividade.Citou o Mover e Combustível do Futuro, que têm promovido grandes aportes para descarbonizar a mobilidade do país e tornar a matriz energética ainda mais sustentável. O Mover amplia exigências de sustentabilidade da frota e, por meio de incentivos fiscais, estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística. Já o Combustível do Futuro tem um conjunto de iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e estimular o uso e produção de biocombustíveis no Brasil.
CEO para America Latina e Caribe da Toyota, Rafael Chang, parabenizou a equipe do governo federal “pela visão estratégica e discernimento ao considerar nas novas políticas industriais a relevância para o país do desenvolvimento da produção local de novas tecnologias automotivas”, afirmou.
SETOR AQUECIDO – No mês passado, a Volkswagen havia anunciado aporte de mais R$ 9 bilhões no país até 2028, com foco em descarbonização, para lançar 16 novos veículos, incluindo modelos híbridos, 100% elétricos e total flex. Num primeiro momento, o novo investimento contempla o desenvolvimento e a produção de projetos inovadores para as quatro fábricas da empresa do Brasil.
R$ 50 BILHÕES – Os novos investimentos se conectam a iniciativas de reindustrialização que têm norteado a gestão do Governo Federal, a exemplo de programas como Nova Indústria Brasil e Novo PAC, e se somam a investimentos recentes anunciados por outras montadoras, como a General Motors, BYD e Hyundai. Somando todos os anúncios de todas as empresas, são mais de R$ 50 bilhões estimados no setor em nosso país nos próximos anos.
VENDA DE CARROS – Balanço realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indica que o número de carros vendidos no Brasil em janeiro deste ano foi 13% maior do que no mesmo período de 2023. Foram 162 mil vendidos no primeiro mês de 2024, comparados a 143 mil unidades em janeiro de 2023.
INCENTIVO – No ano passado, o Governo Federal adotou um programa temporário para contribuir com créditos tributários para a redução de preços de automóveis e incentivar a renovação da frota de caminhões e ônibus. A ação previu R$ 1,5 bilhão para subsidiar descontos ao consumidor. Mais de 125 mil veículos foram vendidos e o país registrou, em 30 de junho, o recorde histórico de 27 mil emplacamentos em um dia.