Na terça-feira, 16 de julho, a Polícia Civil de Itapetininga finalizou as investigações do caso que ficou conhecido como “atirador de Boituva”. O suspeito será indiciado por porte de arma com numeração suprimida, receptação e tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, em duas ocasiões.
Os crimes pelos quais o suspeito será indiciado são: porte de arma com numeração suprimida, receptação e tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, por duas vezes.
Os laudos periciais indicaram que a blindagem do veículo da vítima não oferecia proteção absoluta. A repetição dos disparos e uma coronhada desferida anteriormente enfraqueceram a blindagem, possibilitando a transfixação dos projéteis. A perícia também revelou a numeração da arma utilizada no crime, a qual foi rastreada e identificada como subtraída da casa de um Guarda Municipal de Taboão da Serra em 2018.
Dada a gravidade dos crimes, cometidos com extrema violência e utilizando uma arma de fogo com numeração suprimida e subtraída da Guarda Municipal, a polícia representou pela decretação da prisão preventiva do suspeito.
O caso
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, um casal estava num veículo, na Rodovia Castello Branco, quando sofreu uma ultrapassagem de outro carro, momento em que houve uma colisão.
Nas imagens, é possível ver o casal discutindo com o autor dos disparos. No vídeo, o acusado, que dirigia uma caminhonete, grita com o casal sobre o acidente, segurando uma arma, e retorna ao carro. Uma mulher que acompanhava o acusado é questionada se ela era policial e se o empresário estava com a arma dela, e confirma — no entanto, não há nenhuma comprovação de que ela realmente seja uma agente.
Após a discussão inicial, o homem se reaproxima do carro do casal. Ele pede para os ocupantes do veículo abaixarem o vidro da janela e, após negativa do casal, começa a disparar. Ainda segundo a SSP, o para-brisa do carro — que é blindado — e o farol dianteiro foram atingidos pelos tiros. No momento dos disparos, a vítima estava em contato com a Polícia Militar. É possível ouvir, pela chamada telefônica, que o agente da PM pede que o casal não abaixe o vidro.