09 jul 2020
Redação
Nesta quinta-feira, 9 de julho, o Estado de São Paulo comemora a Revolução Constitucionalista de 1932 e Itapetininga teve papel importante nesta batalha, pois era a base das tropas paulistas da frente Sul, que combatia as tropas sulistas nas cidades da região.
No prédio onde hoje funciona o colégio ‘Imaculada Conceição’, por exemplo, funcionava o hospital das tropas. Os prédios históricos do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), da Estação Ferroviária e do Peixoto Gomide também foram utilizados na cidade.
Feriado estadual desde 1997, esse dia lembra a Revolução de 1932, o maior confronto militar no Brasil no século XX. Mais de três mil homens morreram durante os confrontos entre as tropas de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Paulistas de todas as classes sociais, desgostosos com a nomeação de um interventor no Estado pelo presidente Vargas, se mobilizaram em protesto, deflagrando uma revolução que se estendeu por três meses com violentos combates.
Eram 35 mil soldados paulistas contra cem mil das tropas federais, que mais bem equipados acabaram vencendo o conflito. Mas São Paulo não saiu totalmente derrotado. Dois anos depois, em 1934, uma Assembléia eleita pelo povo promulgou uma nova Constituição para o País.
Sobre a revolução constitucionalista
No dia 23 de maio de 1932, uma grande manifestação em São Paulo contra a ditadura resultou em um conflito na Praça da República, esquina da Rua Barão de Itapetininga. Na ocasião, quatro brasileiros idealistas foram mortos por partidários da ditadura:: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Das iniciais de seus nomes formou-se a sigla MMDC, sociedade secreta que preparou a luta armada contra a ditadura, e sustentou a mobilização paulista durante a Guerra, que se iniciou no dia 9 de julho daquele ano e terminou no armistício de 2 de outubro de 1932.
A Revolução deixou como legado para as novas gerações uma história de civismo e patriotismo. Em três meses de conflito, estima-se que milhares de cidadãos perderam a vida em defesa dos princípios democráticos e da soberania do povo brasileiro, materializada na Constituição. Do Exército Constitucionalista, participaram 9 mil homens da Força Pública – atual Polícia Militar – e 3 mil militares do Exército e da Marinha; a estes se uniram dezenas de milhares de voluntários civis, que lutaram por uma Constituição Federal democrática.
Fotos da Revolução de 1932 em Itapetininga (Acervo Museu da Imagem e do Som de Itapetininga)