24 JUL 2020
MAURÍCIO HERMANN
Para comemorar o 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Escola Aristocratas do Samba e Cultura manifesta apoio às lutas cotidianas das mulheres negras diante a discriminação social e crítica o racismo estrutural, também existentente em Itapetininga.
Diante da invisibilidade da negritude no município, a agremiação em nome das integrantes e simpatizantes da escola cinquentenária homenageia em suas redes sociais as mulheres negras ancestrais e do presente de Itapetininga frente as batalhas que travam contra discriminação racial.
O presidente da Escola José Elias (Wya) explica a importância deste tipo de manifestação. “Toda ocasião é dia de luta contra discriminação racial. Em Itapetininga é possível, infelizmente, observar a invisibilidade da mulher negra dentro de um racismo estrutural. Contrários a este contexto de forma imaterial, mas que reflita em mudanças no cotidiano enaltecemos “nossas rainhas”, reforça.
“Esta invisibilidade da mulher negra itapetiningana pode ser observada na falta de representatividade, por exemplo, entre as vendedoras da Campos Salles, nos cargos públicos eletivos, entre professoras ou médicas e em outros aspectos sociais”, analisa a vice-presidente da escola Janaína Bueno.
A ex-presidente da escola, Cidicéia de Oliveira Américo Camargo, reforça o papel da mulher negra na atualidade. “A mulher negra sempre teve um papel importante ao longo da história e agora tem ainda mais destaque na sociedade. Sempre lutando contra o racismo, nunca desistiu, pois é batalhadora. Hoje, a mulher negra espaço de destaque e são professoras, funcionários públicas, aposentadas, as mais jovens estão na faculdade, cuidando da família e dos filhos, da própria saúde, do corpo e do cabelo. Estamos sempre em busca dos nossos sonhos”, diz