19 SET 2020
REDAÇÃO
Uma nova reunião convocada pela prefeita de Itapetininga e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema (CBH-ALPA), Simone Marquetto, contou com a participação da gerente da Cetesb em Itapetininga, Cristiany Fosquiani Carnellosi e do engenheiro da Sabesp, Mauro Nalesso na tarde desta sexta-feira (18). Em pauta a situação do Rio Itapetininga e as recentes polêmicas envolvendo o principal curso de água da região.
O objetivo foi esclarecer de forma técnica questões recentemente apontadas e que têm gerado dúvidas sobre as atuais condições do rio.
De acordo com a gerente da Cetesb, toda a extensão do Rio Itapetininga tem sido monitorada por agentes credenciados desde o último dia 10 de setembro e feitas as constatações técnicas sobre pontos específicos.

Espuma
“Os técnicos percorreram a toda a extensão do rio para apurar as denúncias de existência de espuma. Foi identificado um foco maior no município de Campina do Monte Alegre, nas proximidades do Distrito de Salto, mais conhecido como ‘Saltinho’”, disse Cristiany.
Ainda, segundo ela, as causas estão sendo investigadas, mas pode haver indícios da presença de produtos químicos como detergentes e sabão em pó”, explicou.
Cor verde
Nos dias 10 e 11 de setembro foi constatada a coloração esverdeada da água nas proximidades do Bairro da Chapadinha, em Itapetininga. Não foi constatado odor ou peixes mortos em todo o trecho. Numa nova inspeção realizada no dia 16 de setembro, entretanto, já não foi observada a alteração na coloração no trecho.
“A cor pode estar relacionada ao longo período de estiagem, associado à altas temperaturas e ao baixo nível do rio. O fenômeno é causado por excessos de nutrientes, geralmente oriundos da descarga de efluentes agrícolas, urbanos ou industriais, que levam à proliferação de algas e microorganismos”, disse a gerente.
Risco no abastecimento
Na reunião o diretor da Sabesp, Mauro Nalesso, tranquilizou a população sobre boatos de um racionamento em Itapetininga. “A Sabesp informa que não há risco de racionamento de água na cidade”, afirmou.
Monitoramento e denúncia
Já a presidente do CBH-ALPA, Simone Marquetto, informou que tem observado diariamente as condições do Rio Itapetininga e que deliberou junto ao Comitê, medidas para intensificar o monitoramento do rio. “Nesta semana assinei a deliberação que disponibiliza recursos para implantar o sistema de monitoramento do Rio Itapetininga. Além de monitorar isso permite que, se houver denúncias, sejam encaminhadas diretamente aos órgãos competentes”, destacou Simone.