19 FEV 2021
REDAÇÃO
A empresa Nossa Senhora Aparecida, que opera o transporte público coletivo em Itapetininga, propôs um plano de demissão voluntária aos funcionários. A ideia da empresa é dispensar cerca de 30 motoristas. A informação foi repassada por funcionários da empresa ao Cidade Itapetininga após a Assembleia na subsede do Sindicatos dos Motoristas , na manhã desta sexta-feira (19), no centro de Itapetininga. A proposta, no entanto, não foi aceita pelo sindicato.
“A empresa quer que a gente assine uma demissão voluntária. Já está operando com poucos ônibus e irá diminuir ainda mais os serviços na cidade. Queremos que a prefeitura coloque outra empresa no lugar. A empresa alega que não recebe subsídio e que o transporte na rua não está sendo viável”, diz um motorista, que preferiu não se identificar e que trabalha há mais de 10 anos na empresa.
Outro motorista que participou da assembleia afirmou que está preocupado com a situação “Eu acredito que a prefeitura é a única que pode nos ajudar neste momento. São muitos empregos que podem ser perdidos”, disse.
O site Cidade Itapetininga apurou que o transporte coletivo está operando com apenas 50% da frota. A empresa, que assumiu os serviços no lugar da Rosa Turismo 2017, também cobra um subsídio da prefeitura para operar.
A reportagem também apurou que a concessionária afirma que é prejudicada pelo serviço de táxi rotativo na cidade. Na opinião da empresa, segundo o site apurou, o serviço configura concorrência desleal.
O advogado do Sindicato dos Motoristas da Região de Sorocaba foi procurado pela reportagem e afirmou que responderá os questionamentos por email.
A empresa Nossa Senhora Aparecida disse que não vai se manifestar no momento.
Taxi rotativo
O futuro do serviço de táxi rotativo será decidido em até 30 dias em Itapetininga. Na última quarta-feira (10) foi realizada uma audiência de conciliação sobre a Ação Civil Pública que o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) move contra a Prefeitura de Itapetininga que trata da legalidade do serviço na cidade. O MP considera o serviço ilegal e pede para que a Prefeitura de Itapetininga revogue a permissão dos taxistas que atuam nesse sistema.
Como nenhuma das partes apresentou proposta na audiência, não houve acordo amigável. A audiência foi presidida pelo juiz Aparecido César Machado e contou com a presenças do promotor Dalmir Radicchi, da secretaria municipal de Negócios Jurídicos Karen Graziela Pinheiro Marques e do presidente da Associação dos Permissionários e Condutores de Taxi Autônomos de Itapetininga, Wagner Adilson Ferreira.
Na audiência, o juiz decidiu aprovar o ingresso da Associação dos Permissionários e Condutores de Táxi Autônomos de Itapetininga no processo e concedeu o prazo de 15 dias para que se manifeste sobre o mérito do pedido. O juiz proferirá a sentença se não houver manifestação das outras partes. A tendência é que a decisão ocorra em até 30 dias.
Conforme o promotor, o táxi rotativo causa prejuízo ao transporte público no município, diminuindo investimentos em veículos de transporte coletivo, prejudicando a implementação de novas linhas e de melhorias em pontos de captação. “O que em última análise é prejuízo efetivo ao cidadão e ao consumidor e usuário do transporte público urbano”, afirma.