15 MAR 2021
REDAÇÃO
O itapetiningano Reginaldo Sampaio, mais conhecido como Naldo D’Brizze, lançou essa semana seu primeiro livro, chamado “O Poeta do Morro do Corvo”. Ele falou com o site Cidade Itapetininga sobre o seu mais novo trabalho e também sobre os futuros projetos.
O livro começou a ser idealizado no ano passado, no meio da pandemia. Naldo resolveu aperfeiçoar alguns versos antigos, criar novos e publicá-los de forma independente. “A ideia inicial era usar o dinheiro fornecido pela Lei Aldir Blanc, para fazer 300 exemplares, que seriam distribuídos gratuitamente mas como não fui contemplado, usei meu próprio dinheiro para fazer 100 livros, que serão vendidos e o dinheiro arrecadado será utilizado para fazer mais exemplares”, conta ele sobre a produção do livro.
De acordo com Naldo, o livro é um disco de rap em forma literária, pois as poesias, assim como as letras das músicas, falam sobre sua vivência, sobre angústias, indignações, reflexões e protestos, “A ideia é usar o livro e as poesias para quebrar preconceitos que ainda existem com quem faz rap”, explica.
O livro “O Poeta do Morro do Corvo” é também uma homenagem ao Poeta do Monte Santo. Ele é uma das inspirações de Naldo e por isso a obra recebeu esse nome. A Vila Piedade, onde ele mora, também inspira o trabalho, pois antigamente era conhecida como “Morro do Corvo”. “O livro é uma conquista para cultura da cidade, principalmente para o rap, que ainda é muito discriminado. Não vivemos um tempo em que a leitura é bem aceita, as pessoas perderam o hábito e eu espero que o livro desperte nas pessoas a vontade de ler e de ser melhor em tudo. E esse vai ser o meu legado”, conclui ele.
“O Poeta do Morro do Corvo” é o primeiro livro autoral de Naldo D’Brizze, mas em 2019 ele participou, junto com outros 10 poetas, convidados por Ismael Tavernaro Filho, da obra coletiva “Antologia Poética Marginal” e foi isso que despertou a vontade de reunir e publicar suas poesias.
Naldo D’Brizze tem 36 anos e sua conexão com a música e arte começou na infância, vendo seu avô materno, Dito Felício, tocando cururu e moda de viola nos festivais de música caipira, que aconteciam em Itapetininga. O seu avô paterno, Euclides Smapaio, também o influenciou no mundo da arte, apresentando ao neto o universo literário.
Ele começou oficialmente a cantar rap em 2003, com o grupo Essência D’Guerrilha, que segue até hoje no cenário musical de Itapetininga. Ele não gosta de ser rotulado como músico ou escritor. “Na verdade, eu não me considero escritor e nem músico, nunca levei em conta esses nomes, porque nunca pude viver e sobreviver da arte. Atualmente, eu trabalho de pizzaiolo, eu amo culinária e o que faço, mas também amo música e tenho uma relação muito forte com ela desde pequeno”, explica ele.
O livro “O Poeta do Morro do Corvo” é também uma homenagem ao Poeta do Monte Santo, ele é uma das inspirações de Naldo e por isso a obra recebeu esse nome, pois a Vila Piedade, onde ele mora, antigamente era conhecida como “Morro do Corvo”, “O livro é uma conquista para cultura da cidade, principalmente para o rap, que ainda é muito discriminado. Não vivemos um tempo em que a leitura é bem aceita, as pessoas perderam o hábito e eu espero que o livro desperte nas pessoas a vontade de ler e de ser melhor em tudo. E esse vai ser o meu legado”, conclui ele.
Para ]adquirir o livro “O Poeta do Morro do Corvo” [, basta entrar em contato com o Naldo D’Brizze pelas redes sociais. O livro também estará disponível em livrarias digitais e em lojas de Itapetininga.