18 MAR 2021
REDAÇÃO
Um grupo de lojistas se reuniu na tarde da última quarta-feira (17), no calçadão José Bonifácio, para discutir a fase emergencial do Plano SP, que determina o fechamento de comércios não essenciais. Eles decidiram escrever uma carta à prefeita Simone Marquetto (MDB) e pediram a reabertura das lojas.
A proprietária de uma loja de fraldas e produtos infantis, Mariana Hentz Corrêa, afirma que os empresários estão sofrendo com os impactos da medida. “Estou tentando trabalhar pelo WhatsApp, mas minhas vendas caíram 90%. Tenho muitos clientes sem acesso à internet. Atendemos classe média baixa e vendemos produtos essenciais, como fralda descartável, lenço umedecido, mamadeiras e pomada para assadura”, explica.
Ela defende que o comércio possa funcionar de modo consciente, respeitando todos os protocolos. “Nós comerciantes estamos implorando para o cliente entrar na loja. No comércio não tem aglomeração Porque não focaliza as pessoas nas ruas sem máscara e faz um trabalho para conscientizar a população?”, questiona.
A empresária sugere que o poder público permita que o comércio funcione com meia porta aberta. “Não é muito, mas já ajudaria. A pessoa vem receber o salário e já passa na porta do comércio. Defendemos a fiscalização das lojas, se estão com poucas pessoas dentro e seguindo os protocolos. Mas não fechar a gente como bandidos”, desabafa.
Carta aberta à prefeita
Prezada prefeita Simone Marquetto,
Por meio desta carta, gostaríamos de abrir um diálogo.
Somos pequenos e médios comerciantes de Itapetininga. Dependemos das vendas do dia a dia para cumprir com nossas obrigações junto a nossos credores, sejam eles de esfera federal, estadual ou municipal e nossa sobrevivência particular e mais todas as despesas que nos são fundamentais, como água, luz e telefone, etc.
Queremos trabalhar! É pedir muito?
Todo cidadão tem direito ao trabalho! Entendemos que existe um vírus, porém nada vai adiantar fechar o comércio. Não é em nosso ambiente de trabalho que se propaga o vírus e sim nas aglomerações de fim de semana que continuam a acontecer escondidas.
Estamos dispostos a trabalhar em horário reduzido, com protocolos (que já existem em nossas lojas). Estamos dispostos a atender com a entrada de uma porcentagem de clientes. Enfim, estamos dispostos a fazer nossa parte. Mas não temos mais condições de ficar fechados.
Pedimos a Sra. prefeita Simone Marquetto, por favor nos ajude a continuar trabalhando. Não queremos dispensar nossos funcionários, eles precisam demais do emprego também.