Indignado, o pai da adolescente com síndrome de down estuprada por um policial militar rodoviário concedeu uma entrevista exclusiva ao site Cidade Itapetininga. O crime aconteceu numa chácara no bairro Porto Velho, na zona rural, no último domingo (21).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o acusado foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG). A vítima passou por exame pericial no Instituto Médico Legal (IML).
O pai da vítima, que não será nomeado para preservar a identidade da adolescente, afirmou que a sua filha está bem, mas passa por acompanhamento psicológico. “Estamos tentando superar da melhor forma possível”, afirma.
O crime ocorreu após ele sair da chácara para buscar carvão no mercado e deixar seus filhos de 9 e 14 anos com o policial. Ele conta que faziam churrasco no local e que mantinha amizade com o policial havia três anos.
Ao voltar, o pai foi ao quarto e flagrou o policial com as calças abaixadas e a sua filha nua. “Entrei em choque, não acreditei no que estava vendo”, disse o pai.
Ele também disse que nunca imaginou que isso fosse acontecer. “ Eu me sinto decepcionado porque a gente acha que a polícia vai nos defender”, desabafou.
Após presenciar a cena, o pai da vítima pediu ajuda a outras pessoas que estavam em chácaras vizinhas. “Ainda bem que existem pessoas de coração bom para nos ajudar naquele momento que precisamos”, desabafou.
Ao saber do fato, o policial rodoviário passou a ser agredido. O pai disse que após ser flagrado o policial dizia o tempo todo que “isso era normal”. Ferido, ele precisou ser levado ao hospital antes de ser conduzido até a delegacia, onde o caso foi resgistrado como estupro de vulnerável.
Se condenado, o acusado pode pegar até 14 anos de prisão. “Espero que pague por todos os seus erros”, disse o pai da adolescente.