08 AGO 2020
EVERTON DIAS
O bairro dos Bancários, na região do clube homônimo, vive uma expansão da atividade comercial. O surgimento de centros de compras no bairro tem impulsionado a economia local, oferecendo alternativas aos moradores.
O engenheiro Antônio Galvão, responsável pela execução das obras do “Bancários Mall”, afirma que o mais novo empreendimento comercial do bairro contempla 12 lojas, entre elas um supermercado.
“Também temos loja de roupa, hortifruti, farmácia, salão de cabeleireiro, salão de estética, choperia e hamburgueria, pet shop, loja de produtos naturais, pizzaria e uma sorveteria”, afirma.
Ele explica que a abertura do comércio era uma necessidade para os moradores do bairro. “Os moradores não tinham como comprar aqui, tinham que se deslocar por alguns quilômetros para ir a uma farmácia, por exemplo”, explica.
Segundo ele, a instalação do mall foi um sucesso no bairro. “Nem terminamos de executar e estava tudo alugado”, disse o engenheiro.
Os strip malls são um formato de centro de compras há muito consolidado nos Estados Unidos. Trata-se de uma construção bem mais enxuta, com lojas lado a lado e estacionamento em frente.
São mais acessíveis e menores que os shoppings. Tudo a céu aberto, o que proporciona visibilidade às lojas, ao acesso e também ao número de vagas de estacionamento.
Na entrada do bairro também já está em funcionamento um outro centro comercial neste formato. No Colombo Mall, estão instalados um minimercado, uma pizzaria, um centro de estética e futuramente funcionará também um sushi bar.
A região dos Bancários possui uma população aproximada de 10 mil pessoas, entre os bairros Vila Nastri II, Jardim Colombo e os condomínios Spazio Verde I e II. “Existe mais dois outros grandes loteamentos que serão lançados nesta região”, diz o engenheiro.
“Ampliação do comércio nos bairros é resultado do Plano Diretor”
Segundo o engenheiro Antônio Galvão, a expansão do comércio nos bairros é reflexo das regras do Plano Diretor que foi aprovado em 2015, na gestão do ex-prefeito Luis Di Fiori. “Junto ao Plano Diretor, foi elaborado uma nova Lei de Zoneamento, pois a anterior era de 1979. “Achávamos, como representantes da Associação dos Engenheiros, que a lei de zoneamento de 1979 não atendia as necessidades urbanas atual”, explica.
Ele explica que todos os bairros eram residenciais, mas com a aprovação do Plano Diretor, ficaram como zonas de atividades mistas. Você vê uma grande expansão em toda a cidade: loteamentos, fábricas, supermercados. nova lei sedimentou isso. “Todos os bairros ficaram com liberdade de construir comércios e vemos uma expansão em todos os bairros. São loteamentos, fábricas e mercados”.
De acordo com o engenheiro, a falta de regras da antiga lei trazia insegurança para os investidores. “Como a lei era muito antiga, ultrapassada, os parâmetros da lei de zoneamento não atendiam a necessidade dos novos tempos. Então, cada empreendimento de grande vulto para ser aprovado, havia a necessidade de uma ampla discussão com os prefeitos e secretários para que houvesse uma adequação da lei com o projeto a ser aprovado. Mas no nosso entendimento os projetos de engenharia devem ser aprovados com técnica e regras bem definidas no plano diretor e a lei de zoneamento”, conta.
Conforme Galvão, atualmente como os critérios e permissões estão bem detalhadas no plano diretor e lei de zoneamento, “ Quando o empresário quer investir, ele pode estar fora do país, fazer uma análise do plano diretor e lei de zoneamento, elaborar o projeto e submeter à aprovação da prefeitura. Com o novo plano diretor é possível nem a prefeitura estar sabendo que tem uma empresa interessada em instalar um empreendimento na cidade pois ela já possui hoje elementos suficientes para seu planejamento”.