12 FEV 2020
REDAÇÃO
A Biblioteca Municipal de Itapetininga é referência em inclusão especialmente para pessoas com deficiência visual ou baixa visão. Em 2016, ela foi contemplada com o Edital de Acessibilidade em Bibliotecas, promovido pela Secretaria do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Por meio deste edital, os funcionários receberam treinamento para auxiliar os usuários e operar os equipamentos de acessibilidade. O espaço é o único da cidade que conta com essas ferramentas.
A biblioteca conta com audiolivros para empréstimos e utilização no local.
Computador, ampliador automático, teclado liado, mouse estacionário e softwares de sintetização de voz e leitura de tela estão entre os equipamentos recebidos. Mas um dos destaques é um scanner com voz. Por ele é possível converter materiais impressos em áudio, por meio de reconhecimento óptico de caracteres, que transforma texto em voz. O material convertido pode ser gravado e salvo, possibilitando ser armazenado ou enviado por e-mail.
Wesley Gamaliel, é deficiente visual e colaborou no Edital da Biblioteca, como integrante do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e participante do Centro de Pesquisa e Reabilitação Visual, o Ceprevi. Para ele, a tecnologia assistiva da Biblioteca significa a promoção da inclusão e da igualdade para os deficientes visuais.
“Na minha época de escola, não era possível, por exemplo, eu ler uma obra junto com meus colegas e participar de uma conversa. Eu precisava de mais tempo para que alguém lesse para mim ou que eu tivesse a possibilidade de ouvir a obra. Agora, com o scanner e o sintetizador de voz, eu posso acompanhar a leitura normalmente”, contou.
Ainda segundo Gamaliel, que atualmente atua na Subsecretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a Biblioteca de Itapetininga é um local que permite o acesso democrático à cultura e ao conhecimento, proporcionando igualdade a quem tem deficiência visual ou baixa visão.
