Setor de Controle de Vetores de Itapetininga, órgão que integra a Secretaria Municipal de Saúde, segue com o trabalho da “Patrulha Mirim da Dengue” nas Escolas, programa iniciado no ano passado. De acordo com o Setor, a expectativa em 2023 é superar os números de 2022, quando 25 unidades escolares da rede municipal foram visitadas.
O objetivo é orientar os professores e as crianças a identificar os focos do mosquito Aedes aegypti responsável por transmitir doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya, mobilizando os estudantes e a comunidade. A ideia é de que os alunos sejam “agentes multiplicadores”, levando o aprendizado para suas famílias, amigos e vizinhos, ampliando o ciclo da prevenção.
Aproximadamente 4.500 crianças do Ensino Infantil e Fundamental receberão informações dos locais que acumulam água para evitar o surgimento de criadouros.
A ação é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Delegacia de Ensino da Região de Itapetininga (Derita).
A Patrulha Mirim também é responsável por realizar semanalmente vistorias no ambiente escolar. É o caso da EMEI Maria Terezinha Válio Elias de Almeida, no Jardim Mesquita.
A escola desenvolveu uma programação para todo o primeiro semestre do ano, com objetivo geral de envolver, conscientizar e incentivar as crianças e famílias a combater o mosquito Aedes aegypti.
Durante a ação os alunos têm a oportunidade de conhecer as formas de contágio, prevenção e tratamento, identificar as causas de ocorrência das endemias, reconhecer como os hábitos de higiene ajudam a manter a saúde e a prevenção da dengue, desenvolver a cidadania e aplicar os conhecimentos adquiridos.
Como estratégias, a escola utiliza vídeos educativos, confecção de cartaz coletivo sobre o ciclo do mosquito, produção de crachá de Vigilante Mirim da Dengue, uso de mostras com a fase do ciclo de vida do mosquito, fixação de placas de conscientização pela escola, visita das mascotes (fantasias) dos mosquitos, elaboração do mapa de risco dos ambientes da escola, vistorias com as patrulhas pela escola para evitar locais com acúmulo de água, envio de questionário para os pais dos alunos. Também serão realizados um sarau e um teatro como atividades para finalização do projeto na escola.
Nas vistorias, as patrulhas procuram por possíveis criadouros, fiscalizam as áreas de lazer e brinquedos, recolhem materiais recicláveis e lixos no entorno dos prédios, orientam a limpeza de bandejas de geladeiras, vasos sanitários, ralos, calhas, bebedouros, caixa’água, entre outros recipientes existentes nas diversas dependências das unidades escolares. Para a prevenção em alguns possíveis focos, as crianças – com a supervisão dos professores – utilizam produtos muito eficazes para evitar a reprodução de mosquitos e que têm em toda casa, como detergente e sabão em pó. Isso é uma a dica importante, dos técnicos da Vigilância.
10 dicas para combater o Aedes Aegypti
1. Não deixe acúmulo de água. A água da chuva pode se acumular em garrafas, pneus, ou qualquer outro reservatório. Após os períodos de chuva, verifique se não ficou água parada em algum local.
2. Coloque areia nos vasos das plantas. Em vez de usar água para as plantas, use areia ou pó de café nos pires dos vasos e, então, coloque água. A água contida é suficiente para manter as plantas vivas, mas sem ser um ponto de depósito dos ovos do mosquito da dengue.
3. Faça furos nos pneus velhos. Os furos permitem que a água acumulada escorra, não ficando parada e, assim, evitando que o mosquito se reproduza.
4. Cuidado com a caixa d’água. A caixa d’água é um excelente reservatório para os ovos da dengue. Mantenha-a sempre fechada e a limpe frequentemente com produtos especializados para a limpeza de caixas. Isso também vale para poços, cisternas e caçambas que acumulam água.
5. Remova folhas e galhos das calhas. Esses objetos, assim como outros (flores, pedaços de garrafa, etc) impedem que água escoe e então, se acumula. Verifique semanalmente o estado de calhas, canos e ralos.
6. Evite cultivar plantas aquáticas. A água das plantas aquáticas é limpa e propícia para a reprodução da dengue. Durante o pico da dengue, plante outros tipos de espécie.
7. Mantenha latas e garrafas emborcadas para baixo. Isso evita que a água da chuva se acumule e fique parada por muito tempo. O ideal é jogar garrafas, latas e latões fora ou não deixá-los expostos.
8. Use telas protetoras. A tela protetora evita que os mosquitos entrem na sua casa, mas não impede que ele se reproduza. O uso de telas e tecidos nas janelas é uma medida complementar e deve ser associada às outras práticas para evitar a reprodução do Aedes.
9. Cuide das piscinas. As piscinas são normalmente difíceis de tratar, pois possuem um volume grande de água. Se você não a está utilizando, cubra-a com uma lona. Trate a água da piscina com cloro e outros desinfetantes de água.
10. Preste atenção ao lixo. Muitas pessoas pensam que os lixos, por acumularem água suja, não apresentam perigo à dengue. Mas a verdade é que se há água acumulada, há a possibilidade de reprodução do mosquito. Para isso, feche bem os sacos de lixo e não os deixe expostos.