O Laboratório de Análises Clínicas Paulista oferece o teste por PCR em tempo real para diagnóstico da Monkeypox, também conhecida por varíola dos macacos. Segundo a biomédica Natália Piccinato, do Laboratório Paulista, no exame MPOX são coletadas duas amostras de fluido de lesão e duas amostras de raspado de lesão. Não é necessário jejum ou preparos especiais, somente informar suspeita. O Laboratório Paulista fica na Rua Coronel Afonso, 578, Centro – Itapetininga.
A Monkeypox é um vírus transmitido aos seres humanos com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém, com apresentação clínica de menor gravidade. Para evitar que haja situações de maus tratos contra os animais (macacos), cientistas da área defendem que a doença seja nomeada no Brasil exclusivamente como Monkeypox (mesmo nome do vírus).
Em 15 de maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada de 4 casos confirmados no Reino Unido, e desde então, mesmo os números de casos estarem crescendo ao redor do mundo, a OMS acredita que os casos estão subestimados, devido ao grande número de pessoas não procurarem os serviços de saúde, falta de reconhecimento clínico precoce por profissionais de saúde e possibilidade de falta de testes de diagnóstico. A ação imediata é informar aqueles que podem estar em maior risco de infecção com sintomas precisos, a fim de impedir uma maior disseminação.
Transmissão
Segundo a biomédica, Natália Piccinato, a transmissão de pessoa para pessoa pode ocorrer por contato próximo com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados.
A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado, o que coloca os profissionais da saúde, membros da família e outros contatos próximos de pessoas infectadas em maior risco. A transmissão vertical ou durante o contato próximo no pós-parto também pode ocorrer.
O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem. Para falar de sintomas, é necessário entender que o período de incubação (intervalo desde a infecção até o início dos sintomas) da Monkeypox é geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.
Período febril(entre os dias 0 e 5): caracterizado por febre, cefaléia intensa, adenopatia (inchaço nos gânglios linfáticos) dor nas costas, dores musculares e falta de energia. A adenopatia é um sinal importante para o diagnóstico diferencial da Monkeypox com outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes como a varicela e o sarampo.
Período de erupção cutânea (entre 1 a 3 dias após início da febre): quando aparecem diferentes fases da erupção cutânea, que geralmente afeta primeiro o rosto e depois se espalha para o resto do corpo. As áreas mais afetadas são face, palmas das mãos e plantas dos pés, mucosas orais, genitália e conjuntiva. A erupção evolui sequencialmente de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões firmemente elevadas), vesículas (lesões cheias de líquido claro), pústulas (lesões cheias de líquido amarelado) e crostas, que ocorre em cerca de 10 dias e após isso essas crostas secam e caem. O número de lesões é variado.
Sintomas
Os sintomas podem durar de 2 a 4 semanas, e embora a vacinação contra varíola tenha sido protetora no passado, hoje pessoas com menos de 40 ou 50 anos de idade (dependendo do país) podem ser mais susceptíveis ao vírus Monkeypox devido a cessação das campanhas de vacinação contra varíola em todo mundo após erradicação da doença.
Os casos suspeitos, incluindo trabalhadores de saúde potencialmente expostos, devem ser imediatamente notificados, conforme orientação do Ministério da Saúde, para que ações devam ser implementadas.
Para o diagnóstico, existe a confirmação laboratorial por um teste molecular (PCR em tempo real) seguido da técnica de seqüenciamento.
No Laboratório de Análises Clínicas Paulista o exame já está disponível, e se chama MPOX, no qual serão coletadas 2 amostras de fluido de lesão e 2 amostras de raspado de lesão. Não é necessário jejum ou preparos especiais, somente informar suspeita.
Para evitar transmissão, é importante evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele, ou seja, evitar beijar, abraçar ou relação sexual, não compartilhar roupas de cama, talheres, copos e objetos pessoais, usar máscara para se proteger de gotículas e saliva dos casos confirmados ou suspeitos, e sempre higienizar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel.
Fonte: NOTA TÉCNICA ANVISA Nº 03/2022 ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA MONKEYPOX NOS SERVIÇOS DE SAÚDE – atualizada em 02/06/2022