No próximo dia 28 de junho estreia o documentário “Hip Hop Itapê: A Origem. Ele narra a ascensão do movimento em Itapetininga na cidade, expõe o protagonismo da juventude periférica, a participação das mulheres e o complexo contexto de pobreza e violência que marcou a cidade na segunda metade dos anos 90.
A obra destaca, de forma orgânica, como rap, o breaking e o grafitti conquistaram a alma e os corações de uma parcela significativa dos jovens da periferia que por meio da arte transformaram as adversidades através de uma cultura autêntica, de resistência e da crítica.
Membro do movimento e diretor de Executivo da obra, Sandro Mancha ressalta que o documentário, “além de imortalizar uma história verídica, serve principalmente como referência sociocultural e de pesquisa para as futuras gerações”, explica.
Hip Hop Itapê: A Origem” ainda destaca as contribuições das mulheres neste contexto e como “as mina” quebraram barreiras e enriqueceram o movimento com suas vozes e atitude diante a uma cenário machista de submissão da mulheres pretas e pobres.
O documentário também retrata a luta dos jovens da “quebrada” contra a exclusão ao mostrar o Hip Hop como alicerce para transformação social daqueles e daquelas que enfrentaram um contexto de violência, segregacionista e racista no município.
Para o diretor geral, Mauricio Hermann este trabalho contribui para visibilidade da periferia como protagonista. “É uma parte da história contada por nós mesmos e não pela branquitude dominante. É um documento histórico que carrega consigo a responsabilidade de entender o passado para mudar o presente sendo o do Hip Hop uma das ferramentas”, defende.
O documentário será lançado no dia 28 de junho. O local é o auditório Alcides Rossi, anexo a Prefeitura Municipal, no Jardim Marabá. A exibição será gratuita e ocorrerá em três horários: 9h30, 14h30 e 19h30. O documentário foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo de incentivo a cultura.