23 ABR 2021
REDAÇÃO
Uma reunião na próxima semana será decisiva para o Vôlei Um Itapetininga. Após a campanha histórica na Superliga, a equipe pode sair da cidade se ficar sem o repasse da Prefeitura de Itapetininga.
“Haverá uma reunião do colegiado, dos membros da diretoria, com o gestor, para essa definição”, explica o presidente da equipe, Osmar Thibes Júnior. A informação sobre a possibilidade do Vôlei Um Itapetininga foi antecipada pelo site Cidade Itapetininga no dia 24 de março.
Na reunião, prevista para a próxima quarta-feira (28), estarão os diretores da associação e o gestor do projeto Vôlei Um Itapetininga, para que se ache um denominador comum. O impasse ocorre por conta da falta do repasse da prefeitura para a equipe.
Segundo Thibes, desde novembro do ano passado, o time ficou sem o repasse para o projeto social. “Mesmo assim o projeto continuou sendo executado”, afirma. Ele também afirma que o repasse da prefeitura representa em torno de 20% do orçamento do clube.
“É bom esclarecer que, esse presidente ao assumir, em junho do ano passado, sempre lutou para que o time fizesse sua melhor campanha. É óbvio e evidente, que continuarei lutando para que o time permaneça na cidade de Itapetininga”, afirma Thibes.
Ao site Cidade Itapetininga, ele também diz que é natural e normal que, após o final da temporada, da atuação da superliga, existam interesses de outros municípios para que possam sediar um clube profissional.
“Afinal que município não gostaria de ter um clube profissional da qualidade do vôlei Um Itapetininga, então muitas cidades realmente procuram, assim como é normal que ocorram transferências de atletas e de comissão técnica, em decorrência obviamente do sucesso do nosso vôlei.
A Prefeitura de Itapetininga afirma que a diretoria do “Vôlei Um” tem total conhecimento dos questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Controladoria Municipal sobre os apontamentos cometidos na utilização dos recursos públicos municipais destinados ao convênio entre prefeitura municipal e “Vôlei Um” para realização dos projetos sociais.
Segundo a prefeitura, tais pendências apontadas pelos órgãos impedem os repasses para o “Vôlei Um” até que o mesmo tenha sanadas todas as pendências. A Prefeitura de Itapetininga também afirma que a agremiação já foi comunicada formalmente sobre todas as medidas de ajustes elencadas pelos órgãos de controle para que o “Vôlei Um” permaneça representando o município junto às futuras competições.
Medidas
Segundo Thibes, a Associação Itapetininga, ao tomar conhecimento dos apontamentos feitos pela controladora do município, tomou as providências necessárias, apresentando ao município, um plano compensatório que está sendo executado desde o dia 08 de março de 2021.
“Esse plano compensatório é a sugestão do aumento do projeto social, como medida saneadora, termo do fomento de parceria com a prefeitura de Itapetininga, com vídeo aulas, em decorrência da pandemia, de segunda à sábado, sempre às 17h”, afirma.
Segundo ele, um ofício foi encaminhado dia 6 de março; “Sem sequer uma resposta oficial por parte da prefeitura até a data de hoje, 23 de abril, dizendo se aceitava aqueles termos oferecidos pela associação, que havia tomado as providências imediatamente. O problema tem sido a demora dessa resposta que acarreta em problemas na execução do projeto e na manutenção do time”, afirma Thibes.
Ele também afirma que a associação não tomou conhecimento algum de manifestações oriundas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. “Sequer recebeu qualquer notificação a respeito do Tribunal, e sim da Controladoria”, afirma.
Thibes também diz que os erros ou impropriedades apontadas pela controladoria em nada afetaram os cofres públicos. “Não houve desvio, por dolo, prejuízo erário. A associação discorda da penalidade máxima imposta pela prefeitura, de suspensão dos repasses. A prefeitura deveria ter feito uma advertência e não uma suspensão, que ocasionou prejuízo no desenvolvimento do projeto, no qual entendemos que o que houve, na verdade, foi apenas um mero erro formal de prestação de contas dos anos de 2017 e 2019”, concluiu.