03 jul 2020
Ana Maria Basile
Crises súbitas de ansiedade, pânico e estresse elevado podem aparecer a qualquer momento e precisam ser totalmente aceitos para que desapareçam sem comprometer o dia a dia do indivíduo.
Existe uma técnica simples, criada pelo professor de terapia cognitivo comportamental Bernard Rangé que, em 8 passos, ajuda a minimizar estes sintomas tão desagradáveis.
Conheça os procedimentos
1. Aceite sua ansiedade, mesmo que lhe pareça absurdo no momento.
Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação e não lute contra as sensações.
A resistência só irá prolongar e intensificar o desconforto.
2. Contemple as coisas ao redor e não fique apenas olhando para dentro de você.
Deixe seu corpo agir como ele quiser, sem julgamentos, e aprenda que, como observador, você evita “se transformar” em sua ansiedade.
3. Aja como se não estivesse ansioso, ou seja, diminua o ritmo das suas ações, mas sem parar completamente. Não se desespere ou interrompa o que está fazendo para, supostamente, “fugir” da ansiedade.
4. Libere o ar de seus pulmões bem lentamente. Respire devagar, contando até três na inspiração e até seis na expiração. Ao soltar o ar, não sopre, apenas deixe-o sair lentamente por sua boca, identificando o ritmo ideal para a sua respiração.
5. Mantenha os passos anteriores e repita cada um deles.
6. Examine seus pensamentos, sem antecipar problemas que sequer podem vir a aparecer. Seja racional e verifique se há motivos reais para os medos e as preocupações.
7. Sorria, pois você conseguiu, até esté momento, seguir os passos e aceitar e controlar a ansiedade sozinho. Você agora saberá como lidar com os sentimentos ruins e estranho
8. Espere pelo futuro com aceitação, abandonando o pensamento “mágico” de que a ansiedade desapareceu para sempre. Ela, na verdade, é essencial para que você continue vivo.A diferença é que, agora, você está em boa posição para lidar com ela novamente.
Fique atento a sua saúde e sempre que sentir algum desconforto busque a ajuda de um profissional .
Ana Maria Basile é psicóloga do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Formada em psicologia (PUC-SP) e em neuropsicologia (USP). Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental.