Há exato 1 ano de sua instalação, o Ambulatório Municipal Pós-Covid de Itapetininga, serviço pioneiro na Região Metropolitana de Sorocaba e um dos primeiros do Brasil, vem se consolidando a cada dia como uma referência no tratamento das sequelas causadas pela infecção do novo coronavírus.Desde 16 de julho de 2020, data em que foi oficialmente entregue pela prefeita de Itapetininga, Simone Marquetto, o serviço já atendeu 262 pacientes, com 504 atendimentos realizados nas áreas de pneumologia, fisioterapia, nutricional e fornecimento de oxigênio medicinal, de acordo com o último levantamento realizado pela coordenação do serviço.A duração do tratamento dá a exata extensão da gravidade da doença e das sérias limitações causadas pela contaminação. Dos 262 pacientes atendidos, 259 seguem em tratamento, uma terapia que exige paciência e disciplina dos que buscam completar a vitória contra a doença, e de muita dedicação e empatia dos especialistas e profissionais que não medem esforços na reabilitação dos pacientes.Ao completar um ano de funcionamento, a prefeita Simone Marquetto faz uma avaliação do serviço e da importância do trabalho do Ambulatório Pós-Covid.“Para o paciente de Covid é importante atuar com um modelo de cuidado e assistência à saúde, baseado em linhas de cuidados integrados, multidisciplinares. A Secretaria de Saúde percebeu a existência dessa demanda e foi assim que criamos o Ambulatório. Ter um serviço pioneiro na região na atenção às pessoas que tiveram a doença, contar com profissionais dedicados e poder saber que este serviço está ajudando dezenas de famílias é algo que nos dá ainda mais forças para seguir em frente nesta luta contra a doença”, destaca a prefeita Simone.As idades dos que são atendidos também reforçam o que especialistas em saúde têm afirmado insistentemente. A Covid-19 não escolhe suas vítimas e, muito menos, estabelece padrões nas sequelas deixadas. A faixa etária dos pacientes do Ambulatório Municipal Pós-Covid vai de 19 a 91 anos, revelando muito mais que uma coincidência de inversões numéricas, mas confirmando que jovens também podem ter uma evolução severa da doença, inclusive com necessidade de internação e suporte respiratório.Gabrielle Camargo, de 19 anos, foi atendida no Ambulatório Municipal Pós-Covid de Itapetininga. Moradora da Vila Belo Horizonte, ela conta que teve a doença em dezembro do ano passado. Com a queda acentuada na saturação, ela precisou ser internada no Hospital Municipal Dr. Léo Orsi Bernardes, onde permaneceu por uma semana.“Sentia muita falta de ar e precisei de oxigênio. Moro com meus pais e meu maior medo era que eles pegassem, mas graças a Deus, eles não pegaram. Quando sai do hospital, ainda sentia falta de ar. Passei por três vezes pelo pneumologista do ambulatório, ele me examinou e me receitou os remédios que precisava. O atendimento foi muito bom”, comenta a jovem relatando que já teve alta do tratamento.“O principal objetivo do Ambulatório é reabilitar e minimizar os impactos sofridos pelo organismo em decorrência da Covid-19”, enfatiza a coordenadora do ambulatório, Vanessa Carrilho de Almeida Martins.O serviço 100% SUS, além de reabilitar e devolver, gradativamente, a qualidade de vida aos pacientes, também se torna fundamental no aspecto financeiro.A imprevisibilidade no período de tratamento das sequelas dessa nova doença é um dos maiores desafios enfrentados pelos profissionais, mas se considerarmos o tempo mínimo de um mês de uma terapia mais complexa, incluindo uma consulta e retorno com médico pneumologista, quatro sessões de fisioterapia e apenas consulta e avaliação de um nutricionista, o custo mensal na rede particular da cidade para o mesmo tratamento oferecido pelo Ambulatório Municipal Pós-Covid equivaleria a, aproximadamente, R$ 1.000,00 mensais.”As sequelas aparecem principalmente devido ao uso de oxigênio e/ou ventilação mecânica nos pacientes que apresentaram as formas moderadas e graves da doença”, explica o pneumologista, Marcelo Nunes Cardoso.Um desses pacientes foi o agente penitenciário Edinaldo Sampaio Cunha, 64 anos, que em 2020 esteve internado por 34 dias, 13 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele foi o primeiro paciente a passar pelo atendimento no ambulatório e conta que, com a ajuda dos profissionais, conseguiu superar as consequências da Covid-19.”Começou com uma tossinha que foi aumentando. Minha filha insistiu comigo e procurei o Hospital de Campanha. Fiz uma tomografia e depois fui internado. Minha saturação estava em 38%. O vírus destruiu meu pulmão. Entrei no hospital no dia 14 maio e só saí em 17 de junho. Um ano atrás. Fiz o tratamento no ambulatório e estou muito bem. Até dirigindo já estou. Já tive alta. Agradeço de coração a todos que cuidaram de mim. Gratidão”, diz Cunha.Técnicos da área da saúde são categóricos em afirmar que a instalação rápida do serviço em Itapetininga, há um ano, contribuiu decisivamente para o resgate da qualidade de vida dos pacientes e ajudou a salvar vidas.“A prefeita Simone foi visionária ao implantar o Ambulatório em Itapetininga. A Covid e suas consequências, até para os especialistas em saúde, ainda traziam muitas dúvidas, mas se antecipar ao avanço da pandemia, foi fundamental na recuperação dos pacientes”, comenta a responsável técnica pela Ambulatório Pós-Covid, Liliane Aparecida Simeoni.O atendimento semanal do Ambulatório Pós-Covid funciona exclusivamente com o agendamento dos pacientes com o encaminhamento do Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes que, semanalmente, envia ao serviço, uma relação com nomes de pessoas que estiveram internadas e que já aguardaram o período de isolamento necessário. |
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