12 ABR 2021
REDAÇÃO
A pandemia da Covid-19 tem deixado cada vez mais cicatrizes em Itapetininga. As perdas mais significativas não podem ser representadas apenas em gráficos e números, mas sim, na dor de muitas famílias itapetininganas. Desde o início da pandemia, até esta segunda-feira (12), foram 328 vidas interrompidas pelo vírus na cidade.
O site Cidade Itapetininga presta solidariedade e sentimentos a todos os familiares e amigos e inicia uma série de matérias com depoimentos para lembrar as vítimas da Covid-19 na cidade.
João Madalena Neto
O itapetiningano João Madalena Neto tinha 31 anos quando perdeu a vida por conta da Covid-19. Ele morreu no dia 26 de julho após ficar internado no Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes (HLOB). Ele era sócio de um lava-rápido e também estudava para concurso público, pois um dos seus sonhos era trabalhar na Polícia Civil. Era conhecido por ser uma pessoa bondosa e educada. “Era uma pessoa muito querida por todos. Tinha muitos amigos. Era muito educado e valorizava muito a família e amigos. Era uma pessoa muito especial para todos nós ”, lembra a tia Roseli Maciel.
Paulo Correia
O agente penitenciário Paulo Silva Correia morreu no dia 5 de agosto aos 57 anos de idade, vítima da Covid-19, após 17 dias internado e entubado. Ele trabalhava na Penitenciária 2 de Guareí, era morador de Itapetininga e também atuava como pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular. Era uma pessoa muito querida por todos no trabalho e na igreja Ele deixou a esposa Giselle, os filhos José Marcos e Oswaldo..
Glédson Proença
O professor Glédson Antônio Proença morreu no dia 21 de outubro de 2020 aos 38 anos. Era filho de dona Valdira e Antônio Proença, irmão de Grazi e Carlos. Era um homem inteligente, alegre e sempre próximo à família. “Sorte de quem teve a oportunidade de conhecê-lo, de aprender com ele, seja dentro da sala de aula ou não, o Glédson era uma daquelas pessoas que iluminava e contagiava com sua presença e seu bom humor. Ele era para mim, um presente que Deus me enviou aqui na Terra, éramos sócios, amigos, parceiros, irmão e confidentes, hoje existe uma lacuna em meu coração”, relata o amigo José Maria Rodrigues.
Jacqueline Cardoso Vieira
A morte da médica Jacqueline Cardozo Vieira causou comoção em Itapetininga no dia 19 de dezembro. Ela tinha 47 anos de idade e morreu no hospital da Unimed, onde estava internada. Jacqueline atuava na linha de frente do combate à pandemia e trabalhava na ala voltada a pacientes com Covid-19 do Hospital “Dr. Léo Orsi Bernardes (HLOB). Era filha do tenente-coronel da PM, Calil Badin Vieira e de Leoni Cardozo Vieira.
Carlos Alberto Bicudo (Goréia)
O ativista do movimento Hip Hop Carlos Alberto Bicudo de Almeida Júnior, conhecido como Goreia, tinha 39 anos e morreu no dia 27 de janeiro. Ele ficou conhecido por fundar e integrar o projeto Contém Glúten, de 2016 a 2018, junto com Sandro Mancha e Ricardo Negrão. “Pessoa incrível, pintor, formado músico no Conservatório de Tatuí. Evangelista, amava projetos sociais. Era alegre e divertido com uma presença muito forte”, diz a esposa Paula.
Vicente Lopes
O empresário Vicente Lopes morreu aos 74 anos no dia 10 de fevereiro de 2021. Era um homem trabalhador, justo e de coração grande, sempre pronto a ajudar ao próximo. Deixa a esposa Maria e os filhos Elaine, Junior e Alexandre. “Vicente era um homem que superou muita coisa na vida. Uma pessoa batalhadora, que criou todos os seus filhos com integridade e honestidade e sempre vai ser lembrado, na só na região do Paquetá, onde viveu, mas por todos os amigos que fez em Itapetininga”, diz o amigo Milton Nery.
Antonio Silva Filho (Sabiá)
Antonio Silva Filho morreu no dia 13 de março após aguardar por uma vaga na UTI no Hospital Léo Orsi Bernardes (HLOB). Conhecido como Toninho Sabiá, era motorista e estava há pouco tempo no novo emprego. Era uma pessoa querida e tinha muitos amigos. Sempre muito alegre e brincalhão, Toninho Sabiá contagiava a todos por onde passava. “Gostava muito de cantar e ir ao Distrito do Tupy com os irmãos e sobrinhos, lugar onde tinha muitos familiares, pois viveu lá quando criança”, diz a filha Amanda Cristina Silva de Lima . Ele deixa a esposa Rosemary, os filhos Júlio, Amanda, Mariana e Lucas.
Dulcinéia Aparecida Rocha (Néia)
Dulcineia Aparecida Rocha tinha 52 anos e morreu em decorrência do coronavírus no dia 14 de março de 2021. Ela era cabeleireira e o seu salão de beleza funcionava na Vila Alves. Conhecida por ser uma excelente profissional, era uma pessoa muito querida no bairro. Sempre estava unida com a família e seus irmãos, no total eram em 7. “A Neia era cabeleireira, uma pessoa muito alegre e tinha muitas amigas. Era, sem dúvidas, a pessoa mais alegre da família, sempre agitava tudo. Está deixando muitas saudades”, diz o irmão Beto.
Maria Aparecida Ferreira Soares
Maria Aparecida Ferreira Soares tinha 70 anos e morreu no dia 15 de março. Era viúva de João Fogaça Soares e deixa os filhos Sidney, Simone e Bruna. “Vó, te perdemos desse mundo, foi uma breve passagem, mas sabemos que de suas mãos tivemos o cuidado, carinho, consolo e muito amor. A senhora nunca nos abandonou. Saudades eternas!”, escreveram os netos João, Julia e Laura.
Afrânio Mello
O itapetiningano Afrânio Franco de Oliveira Mello morreu no dia 20 de março, vítima de Covid-19. Era filho de Antenor de Oliveira Mello Júnior e Amélia Corrêa Franco Mello. Foi comerciário, bancário e professor. Também foi diretor do Marília Futebol Clube e do Laranjal Paulista Futebol Clube, tesoureiro do Derac Itapetininga. Também foi diretor da Santa Casa de Itapetininga. Membro fundador do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga (IHGGI), Afrânio também se destacou pelo seu trabalho de pesquisa sobre História e Genealogia de famílias de Itapetininga. Deixa a esposa Regina Teresa de Moraes Monteiro e os filhos Alexandre e Tatiana.
Francisca de Paula Gomes da Silva Sincaruca
A dona de casa Paula Sincaruca faleceu no dia 20 de março também vítima da Covid-19. Era viúva de Tarcísio Gregório Sincaruca e filha de Osvaldo Gomes da Silva e Francisca Gomes da Silva. O seu único filho, Tiago Sincaruca faleceu nesta sexta-feira (9), 20 dias após a mãe. “Infelizmente perdemos uma guerreira, com um sorriso maravilhoso, sincera e super amável. Deixou uma marca em cada um de nós. Hoje ela voltou ao seu Lar., o Pai quis assim. Mesmo desolados sabemos que a vontade do Pai continua sendo perfeita.. Te amamos irmã Paula Sincaruca! Até breve”, escreveu a página da Igreja O Brasil Para Cristo, onde ela frequentava.
Washington Luiz Rodrigues
Washington Luiz Rodrigues, o ” Tom” , dono da loja de pesca Rancho do Tom morreu no dia 24 de março. Os amigos contam que Tom era um agregador de pessoas e tinha como escopo de vida ajudar da maneira que ele pudesse aqueles que precisavam. “Nossa amizade foi alicerçada em inúmeros bons momentos, viagens à praia com nossas famílias, pescaria em meu rancho e conversas intermináveis que tínhamos após meu expediente de trabalho. Fazia tipo de ranzinza mas era muito dócil. Foi tão intensa a sua parceria com os amigos que vai viver conosco enquanto estivermos aqui e, se nos encontrarmos do outro lado, faremos festa e uma boa pescaria “, diz o amigo José Roberto Nóbrega.
Abel Fabiano Marcelino
Abel Fabiano Marcelino tinha 35 anos e faleceu no dia 27 de março. Era um dos oito filhos do casal João e Ester. Deixa a esposa Gisele e o filho Arthur Marcelino, de 15 anos. Morador da Vila Santana, era uma pessoa que tinha muitos amigos e amava esportes. O Corinthians era uma de suas paixões. Atualmente, fazia parte da equipe de futebol Vila Santana Veteranos. “Mais que um amigo, era um irmão para mim. Era uma das pessoas mais inteligentes que conheci e me ensinou a jogar xadrez, modalidade que fez parte das nossas vidas, assim como o futebol. Deixa as melhores lembranças, vivemos dias de pura felicidade e amizade. Sempre será lembrado e um dia vamos nos reencontrar”, disse o amigo Everton Dias.
Arnaldo Araújo (Seu Arnaldo)
O protetor dos animais Arnaldo Araújo, conhecido como Seu Arnaldo, morreu no dia 3 de abril. Ele estava internado em estado grave no Hospital Léo Orsi Bernardes (HLOB) e não soube da morte do filho Sinval Araújo, também vítima da Covid-19, que morreu no dia 21 de março. Arnaldo Araújo ficou conhecido por fazer um trabalho voluntário de acolhimento e cuidados com animais abandonados. Ele cuidava, diariamente, de aproximadamente 100 animais. Todos os dias, saia cedinho de sua casa, com ração e água no carro, para alimentar os cachorros que foram abandonados nas ruas. Ele circulava pelas estradas e outros pontos específicos da cidade andava mais de 30km por dia, para realizar essa ação.
Antonio Donizete Ribeiro dos Santos (Castelo)
Casado, pais de duas filhas, Antonio Donizete Ribeiro dos Santos faleceu na noite do dia 3 de abril de 2021. Com 63 anos, completados em 24 de fevereiro, era caminhoneiro, conhecido entre os amigos como Castelo, e sua principal característica era se entregar plenamente ao trabalho. Levou consigo o orgulho de ter formado suas duas filhas: Giovana, 29 anos, nutricionista; e Gabriela, 23 anos, fisioterapeuta. Morou durante toda sua vida na Vila Hungria, filho de Antonio Ribeiro dos Santos, o Antonio Porfírio, e Maria Bicudo dos Santos, umas das primeiras produtoras do bolinho de frango na cidade, tradição na família desde os tempos de Gramadinho. Deixou a esposa Maria José.
Robson Mastrandéa de Freitas
Robson Mastrandea de Freitas tinha 50 anos, faleceu dia 18 de março. Filho amoroso, sempre cuidou de seus pais Maria Aparecida e Miguel, esposo de Eliana. Pai atencioso de cinco filhos Kaio, Jéssica, Gabriel, Isadora e Pedro Miguel. Entre seus familiares, tios, primos e amigos, era o brincalhão e de bem com a vida. Ser humano responsável que trabalhava em sua lanchonete. Fez muitos amigos, era presidente do Sindicato do Vestuário de Itapetininga e membro do Moto Clube Bodinhos, os quais lhes prestaram uma linda homenagem. “O parceiro que levou um pouco de cada um e deixou um pedacinho dele por onde passou. Papai do céu o acolheu e nós sempre o teremos em nossas lembranças. Deixa muitas saudades a todos”, escrevem as primas Maricelma e Ana Paula.
Edilson Cavalheiro da Silva (Butina)
Conhecido como ‘Butina’, o eletricista residencial Edilson Cavalheiro da Silva faleceu aos 51 anos no dia 4 de abril. Ele deixa a esposa Vânia e a filha Milena. “O Edilson era muito trabalhador, honesto, acordava 5 horas todo dia, cuidou muito bem da família. A filha faz Medicina Veterinária em escola pública. O sonho dele era ver a filha se formar. Uma pessoa muito simples que gostava muito de rancho e pesca. Foi muitas vezes no Mato Grosso, e voltou de lá de uma pescaria. Gostava muito de churrasco e costela de chão no rancho dele. Era uma pessoa muito especial que deixou muita saudade”, diz o irmão dele, o despachante Neca.
Joaquim Conrado Mello
Joaquim Conrado Camargo de Melo trabalhava como caminhoneiro. Ele tinha 58 anos de idade e morreu no dia 31 de março. “Meu pai representou muita humildade, dignidade, honestidade. Uma pessoa muito integra e de palavra. Tinha coração enorme e fazia tudo para ajudar as pessoas. Meu pai deixou bons exemplos que vão continuar refletindo no futuro. Uma pessoa de muito valor”, diz o filho.
Elson Cardoso Faria (Baiano)
Elson Cardoso Farias, mais conhecido como Baiano, tinha 52 anos e faleceu no dia 05 de abril em decorrência do Covid-19. Ele era motorista do GAADI há 21 anos, rodava a cidade inteira e encantava por onde passava, com seu sorriso e seu jeito simpático. Deixou a esposa Valdirene Salomão Prestes Farias, com quem viveu por 31 anos, as duas filhas Juliana e Ariely e os netos Beatriz e Murilo. O Baiano foi um Pai maravilhoso, pra mim e pra Juliana.. um avô então nem se fala.. Marido exemplar, amoroso, cuidadoso demais.. fazia o que podia e o que não podia pra nós todos aqui de casa, a falta que ele irá nos fazer é imensa.. nunca tinha tempo ruim, fazia sempre as nossas vontades a hora que fosse.. Dono de um coração enorme ajudava tantas pessoas, Somente gratidão por ter tido ele como pai”, diz a filha Ariely.
José Roberto de Medeiros Marques
O advogado José Roberto de Medeiros Marques morreu no dia 10 de abril aos 75 anos de idade. Ele estava internado na UTI do Hospital da Unimed. Ele era carinhosamente chamado de Dr. Robertinho Marques. Ele deixa os filhos Cristiane, José Roberto Filho, Leonardo e Felipe A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Itapetininga emitiu uma nota de pesar. “Dr. José Roberto deixará uma lacuna muitas saudades em toda a sociedade, principalmente em nossa classe e em todas as pessoas que tiveram o prazer de conviver com ele”, diz a nota.