01 MAR 2021
JOVIR FILHO
Normalmente, não somos levados a pensar sobre a natureza do conhecimento, o que faz com que não tenhamos, então, clareza acerca de seu processo de formação e de manutenção. Afinal, o conhecimento que temos tem materialidade?
A resposta a esta pergunta passa pela compreensão de que o conhecimento ocorre em nosso cérebro, sobretudo através dos neurônios que são células muito particulares e estão presentes em todo o nosso corpo, em constante captação de informação e retransmissão até a central que se localiza, assim, no cérebro.
Estas informações são captadas pelos sentidos e automaticamente convertidas em pulsos elétricos que “viajam” através de um neurônio a outro até ser finalmente processado.
Assim, todo o conhecimento tem materialidade e a qualidade destes pulsos elétricos está ligada à saúde de todo o nosso organismo, a começar pelo cérebro. Inclusive, a partir do final do século passado, gestantes passaram a ser aconselhadas a ingerir o ácido fólico durante boa parte da gestação, a fim de melhorar a qualidade na formação do cérebro fetal, pois é encarregado de reduzir o risco de deficiências no cérebro e na coluna vertebral, chamados deficiências do tubo neural.
Desta forma, a qualidade do conhecimento pode ser pensada como uma preocupação de Saúde Coletiva, que se afunila na Saúde Familiar, fazendo com que a Educação seja um compromisso ainda mais complexo do que costumamos considerar.
EPISÓDIO 01 – Materialidade do conhecimento