21 ABR 2021
PADRE REINALDO RAMOS
Vivemos dias de muitas incertezas. Nem mesmo quem nos governa sabe ao certo qual rumo tomar. As decisões das diferentes instâncias de governo são pautadas pela proximidade das eleições de 2022.
A saúde do povo brasileiro que deveria ocupar o centro das atenções, nesse tempo de pandemia, torna-se “palco” de interesses partidários e uma “máquina” de manipulações eleitoreiras.
O que ocorre é que a população brasileira perde a confiança naqueles que deveriam exercer a representatividade com transparência e se pergunta em quem confiar e em quem encontrar a verdade.
É um tal de “abre-fecha”, gerando colapso na economia, criando instabilidade nos empregos e comprometendo a formação das novas gerações, com o consequente fechamento das escolas.
Até as Igrejas foram vítimas dessas interferências políticas. Num momento em que as pessoas mais precisaram de Deus, mais precisaram de orientações, nossas Igrejas foram fechadas.
Nas Igrejas as pessoas acometidas de transtornos diversos podem encontrar auxílio e orientação gratuitos para o enfrentamento de suas situações existenciais. Ao contrário, do governo, nenhum apoio oferecido.
Diante do fechamento das Igrejas, fica evidente que, para o governo de São Paulo, a fé pertence ao plano subjetivo e intimista. Afirma-se que se pode viver a fé independentemente do templo.
Entretanto, tem-se um governo estadual que minimiza a experiência de fé de seus cidadãos. Os cristãos são, dessa forma, desrespeitados em suas convicções. Igrejas fechadas e estádios abertos, formando uma contradição.
Não se pode concordar com as atitudes do governo estadual quando usa da pandemia e da vacina e de outros aportes decisórios como uma postura de autorreferencialidade, apresentando-se como uma espécie de “salvador da pátria”.
No meio da instabilidade criada pela pandemia, o que se espera de um governo é um mínimo de estabilidade, um governo sólido, corajoso na defesa dos mais vulneráveis, um governo que transmita confiança.