Alambari completa, nesta quinta-feira (19), 30 anos de emancipação político-administrativa de Itapetininga. O município vizinho foi, por dezenas de anos, um dos mais importantes centros produtores de Itapetininga. A lavoura consistia na cultura, em grande escala, de algodão, café, cana-de-açúcar, cereais, legumes, mandioca e fumo.
Tradicionalmente, para marcar o aniversário, o município realiza a festa do peão, que começa nesta quinta-feira (19) e segue até sábado (21) com entrada gratuita. A abertura será com show do músico Felipe Araújo. Na sexta-feira (20), será show com a dupla Bruno e Barreto. No sábado (21) se apresenta a dupla Fernando e Sorocaba.
Atualmente, a cidade está em polo produtor de leite de búfala. As outras principais atividades econômicas no município estão na agricultura, como o cultivo de feijão, soja, milho, mandioca, laranja e eucaliptos. Na pecuária, há, ainda, gado de corte e suinocultura.
A cidade é composta por diversos bairros: Tatetu, Cercadinho, Ribeirãozinho, Cerrado, Perobal, Barra, Capoavinha, Aterradinho, Sapezal, Recanto dos Pássaros, Luar do Sertão, Vila Corrêa e Jardim Brasil.
Conhecida como Cidade Natureza, Alambari está situada no sul do Estado, a cerca de 140 quilômetros da capital, tendo como principais vias de acesso as rodovias Raposo Tavares (SP-270), Humberto Pellegrini (SP-268) e Antônio Romano Schincariol (SP-127).
Com 6.129 habitantes, a cidade, que tem área territorial de 159 quilômetros quadrados, vem recebendo investimentos na infraestrutura e começa a ser procurada por investidores imobiliários.
O padroeiro do município é o Senhor Bom Jesus, cuja comemoração é realizada no dia 6 de agosto.
História
A história do município começa em 1820. Naquela época, o major Domingos Afonso, residente em Itapetininga, seguia viagem para Guaratinguetá acompanhado de sua esposa e de seu filho menor de nome Afonso.
Ao atravessar um lajedo o pequeno Afonso caiu do animal em que viajava, fraturando o crânio e ficando desacordado por muitas horas. Domingos Afonso, e sua esposa comprometeram-se em construir uma capela sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Alambari, se o seu filho recobrasse os sentidos e se restabelecesse da queda que levara. O pequeno Afonso recobrou os sentidos, ficando, logo depois, completamente restabelecido, permitindo assim que caravana prosseguisse. Mais tarde os pais de Afonso internaram-no em um colégio no município de Itu, recomendando-o ao Padre Elias do Monte Carmelo.
Concluindo os estudos preparatórios, por volta de 1830, Afonso seguiu para São Paulo, onde matriculou-se no Seminário. Após ser ordenado sacerdote, voltou o jovem Afonso para Itapetininga. Enquanto isso, Domingos Afonso e sua mulher, seus pais, não esqueceram a promessa feita, e davam andamento à construção da capela no lugar onde Afonso caíra.
Desejando que seu filho desempenhasse as funções eclesiásticas na capela em construção, Domingos Afonso e sua mulher construíram uma casa nas proximidades da mesma, onde passaram a residir. A capela de Alambari só foi construída em 1842, e o branqueamento da parte externa iniciou-se a 7 de Janeiro de 1843 pelo mestre Tomé Tadeu Aires, contratado por João de Moura, primeira autoridade policial da já então povoação. Entretanto, por uma fatalidade, o Padre Afonso não chegou a residir em Alambari, pois foi atacado de uma pertinaz moléstia e veio a falecer. O primeiro vigário que chegou a Alambari foi o Padre Isidoro de Campos, natural de Porto Feliz, que ali residiu durante alguns anos.
Com o aumento rápido da população do referido povoado devido à chegada de famílias vindas de outros pontos da província, as pessoas influentes do lugar, trabalhando pela sua prosperidade, requereram e obtiveram da Assembleia Provincial que a povoação de Alambari fosse elevada a categoria de Freguesia, pela Lei n°. 7 de 12 de Abril de 1861 que a elevou também a categoria de Paróquia.
O mato de Alambari, outrora existente nas proximidades da Vila, denominou-se durante muitos anos, Mato das Pederneiras, devido à grande quantidade de pedra de fogo que era retirada das rochas ali existentes, o que deu motivo a que as pessoas pobres para ali afluíssem, entregando-se à sua extração.
A qualidade das pedras existentes na área da então freguesia impulsionou o comércio e a indústria alambariense, pois havia grande demanda pelo produto. Essa industria, denominada, DAS PEDERNEIRAS, existiu, ao que parece, por longo tempo. Há registro da extração das pedras no começo do século XIX. Essa indústria, outrora florescente, foi decaindo, aos poucos, devido ao aparecimento do fósforo.
Alambari também foi por dezenas de anos um dos mais importantes centros produtores do município de Itapetininga. A lavoura, propriamente dita, consistia, na cultura, em grande escala, de algodão, café, cana de açúcar, cereais, legumes, mandioca, fumo, etc.