A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE) e a InvestSP, agência paulista de promoção de investimentos, firmaram parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para atrair projetos de investimentos focados em transição energética, tema prioritário entre as trilhas de desenvolvimento definidas pela SDE e que está alinhado à meta do Governo de SP de acelerar o NETZERO, firmado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
A parceria busca mapear e promover ações e projetos para a mudança da matriz energética de SP. Ela prevê uma atuação conjunta entre a Fiesp, que vai compartilhar informações estratégicas sobre iniciativas diversas da indústria, e a InvestSP, que usará esses dados no desenvolvimento de ações para formatação de um plano de atração de investimentos em transição energética.
Este esforço tem como objetivo atrair novas tecnologias, dar visibilidade para o desenvolvimento já estabelecido no estado e identificar gargalos e entraves para estabelecer uma nova base para a infraestrutura em linha com as melhores práticas ESG.
Entre as ações já programadas, a InvestSP promoverá, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), uma série de seminários para debater o tema e as oportunidades de negócios em São Paulo no setor de energia limpa. Como principal objetivo, pretende-se reduzir o custo da energia e ao mesmo cumprir com o compromisso de impacto climático.
“O objetivo deste acordo de cooperação entre Fiesp, Secretaria de Desenvolvimento e InvestSP é concentrar os esforços para promover a transição energética por meio, entre outros, do hidrogênio verde. E, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades que essa transição traz para a nova industrialização de São Paulo, um dos pilares do programa do governador Tarcísio de Freitas”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de SP, Jorge Lima.
“Essa parceria com a Federação das Indústrias mostra que a pauta de transição energética não é apenas uma bandeira do poder público, mas também tem apoio do setor produtivo, agente essencial para que a transformação da nossa matriz seja um projeto bem-sucedido”, diz a diretora de Projetos de Investimentos da InvestSP, Marília Garcez.
Há fatores estratégicos que favorecem São Paulo, como a disponibilidade de gás natural na Bacia de Santos, a liderança nacional no cultivo de cana de açúcar e na fabricação de etanol e a ampliação da infraestrutura para a geração de energia solar – em março, São Paulo se tornou o estado brasileiro com a maior potência instalada de energia fotovoltaica na geração própria, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Além da diversificação e da descarbonização da matriz energética, o Governo de SP quer promover a descentralização da geração de energia, com a abertura de mercado a novos agentes, e a digitalização do sistema, com recursos de automação e monitoramento ambiental, por exemplo.