Há mais de uma década, a professora Eunice de Lima, 62 anos, trabalha voluntariamente como técnica de atletas paralímpicos de Itapetininga. Formada em Educação Física, Matemática e Ciências, ela dá aulas numa escola particular da cidade. Como técnica paralímpica nível dois, ela treina os atletas nas dependências do Sesi, na Vila Rio Branco.
Nesta entrevista exclusiva ao jornal Cidade Itapetininga, Eunice fala sobre a experiência de trabalhar com pessoas que possuem algum tipo de deficiência e afirma: “o esporte paralímpico é a mais importante ferramenta para a inclusão do jovem na sociedade”.
A professora lembra que há 13 anos trabalha como o esporte paralímpico. “Sempre me interessei em trabalhar com pessoas com deficiência, até fiz uma pós-graduação em Ginástica Corretiva. Mas tudo começou quando recebemos na escola onde eu trabalhava uma aluna com deficiência”, afirma.
Na avaliação de Eunice, “o esporte paralímpico é uma das, ou, a mais importante ferramenta para a inclusão do jovem na sociedade. A partir do momento que se torna um atleta, a sociedade, a família, começam a enxergar esse jovem não mais como o coitado, mas sim um atleta, forte.
Questionada se a sociedade hoje está mais preparada para incluir pessoas com necessidades especiais, Eunice observa que “ainda hoje as pessoas têm muitas dificuldades em relação a mobilidade nas ruas e transporte coletivo adaptado”.
Apesar das dificuldades, a professora ressalta que Itapetininga possui “vários atletas se destacando, jovens no ranking nacional e internacional. Nossa cidade vem melhorando na inclusão dos atletas e da pessoa com deficiência. Tivemos um avanço significativo com a subsecretaria da pessoa com deficiência”. Atualmente, a professora trabalha com uma equipe de 30 atletas, com idades entre 10 e 35 anos.
“O meu trabalho com o esporte paralímpico é um projeto social. Não recebo por esse trabalho. Esse projeto recebe apoio da secretaria de esportes e subsecretaria da pessoa com deficiência em todas as competições com o transporte. E, também, 2 vezes na semana com transporte para os atletas treinarem no Sesi”, conta a professora.
Planos
“Com certeza tenho planos e metas. Plano – que Itapetininga tenha um Centro Paralímpico específico para esses atletas, possibilitando capacitar e desenvolver mais crianças, jovens e adultos com deficiência nas diferentes modalidades Paralímpica. Meta – mais Atletas em competições de alto rendimento”.
A professora Eunice dá aulas no colégio Anglo de Itapetininga. Quando não está em aula, treina voluntariamente os aletas nas dependências do Sesi de Itapetininga, às segundas, quintas e sextas-feiras a partir das 8 hs e também as 18h e sábado às 14h30.